10 coisas essenciais na hora de viajar


Enquanto pensava sobre o tema que iria focar o blog, tropecei em inúmeros assuntos que gostaria de falar convosco. Sentada num café durante a tarde à conversa com amigos, começámos a falar de viagens, a trocar experiências e eu a falar que não me calava. Conversa vai, conversa vem e acabei por me lembrar de partilhar com vocês o meu TOP 10 das coisas essenciais que se deve ter em mente na hora de viajar.
Estas são as dicas que eu mais utilizo, mas convém informar que as minhas viagens são feitas à base de pés. Não compro aqueles pacotes turísticos com tudo timtim por timtim descriminado numa folha. Compro os bilhetes numa agência e o resto fica por minha conta. 

1. Cartão Europeu de Seguro de Doença
Quando viajamos para destinos que pertencem à União Europeia temos logo acesso a inúmeras vantagens: não precisamos de andar com o passaporte atrás, não temos que tirar vistos, não temos que nos preocupar com documentação desnecessária. Basta termos o BI/Cartão Único e todas as portas se abrem para nós, contudo, é sempre bom fazer uso do Cartão Europeu de Saúde. Sendo que este assegura a prestação de cuidados de saúde quando nos encontramos num dos Estados da União Europeia, Espaço Económico Europeu ou Suíça; é gratuito, demora por norma um mês a chegar e tem a validade de 2-3 anos. Mais info AQUI.
Escusado será dizer que quando se viaja para outros destinos deve-se ter sempre em conta se são necessárias medidas extra, nomeadamente a verificação das vacinas, etc.

2. Confirmar sempre os documentos que nos são entregues
Quer pelas agências de viagens, quer sejamos nós a tratar da viagem, é sempre bom confirmar-se todos os detalhes. Desde os nomes dos bilhetes aos nomes na reserva do hotel, ás datas, etc. Todos os detalhes devem ser sempre confirmados minuciosamente, de preferência por mais de uma pessoa para garantir que está tudo OK.

3. Planear com antecedência toda a viagem
Ok, eu confesso que não sou muito picuinhas com isso, estou sempre a contar em chegar ao hotel, receber na recepção o mapa com os monumentos a visitar e com os transportes que devo apanhar para lá chegar. Mas com já apanhei alguns sustos (como por exemplo o hotel não ter desses mapas e disponibilizar-me dois ou mais para fazer o mesmo efeito, o que é uma confusão pegada e é preciso saber interpretar-se muito bem os mapas), na última viagem que fiz, dei uma vista de olhos pela Internet antes de sair de casa à procura de monumentos (nada demais), e levei comigo um mapa do metro impresso, só para garantir. Contudo, eu admito que sou um mau exemplo e a minha dica é mesmo planearem a viagem em casa antes de ir.

4. Cartão de viagens ilimitado
Uma coisa que me dá sempre imenso jeito mas que nem sempre é fácil de comprar (tive algumas dificuldades em encontrá-los em Amesterdão). Sempre que viajo na Europa não costumo fazer viagens prolongadas: 3, 4 ou até 5 dias no máximo - também depende do tamanho da cidade em si, mas por norma não fujo a essa regra. Assim sendo, comprar um cartão de viagens ilimitado dá-me sempre uma segurança e liberdade ao mesmo tempo: posso andar por onde quiser, as vezes que quiser, sem ter que gastar fortunas - fica muito mais em conta. Posso ir da ponta mais a Norte possível à Sul n vezes por dia.
Mais uma vez relembro que todas as minhas viagens são feitas à base de pés, daí ser extremamente vantajoso para mim este cartão. Além disso sempre temos uma perspectiva diferente da cidade.

5. Como sair do aeroporto e chegar ate ao hotel
Devido à minha preguicite aguda a única coisa que me preocupo em ver na Internet antes de sair de casa é como é que me vou deslocar do aeroporto ao hotel. Se posso ir de transportes até lá, quais é que terei de apanhar, quais as saídas que terei de trocar (se for necessário), se posso comprar o tal cartão de viagens ilimitado no aeroporto ou se vou ter que comprar um bilhete extra até chegar a algum sitio onde eles sejam vendidos, etc. Se me parecer demasiado confuso e se no país em causa o Inglês não é uma língua muito falada, opto sempre por comprar o serviço de Transfer.

6. Hotéis: não se deixem enganar pelas agências
As agências de viagens dizem que fazem sempre o preço mais em conta e bláblá mas (big mas aqui) nem sempre é verdade. O meu concelho é que peçam orçamentos nas agências sim, mas cheguem a casa e procurem hotéis mais baratos, com bons acessos, no Booking.com, no TripAdvisor, etc. Até porque lá obtém um feedback mais realista de como será a vossa estadia. Mas não se esqueçam que nem tudo é rosas e que por vezes ao vivo a realidade é bem diferente.
Pessoalmente eu prefiro procurar em casa e depois comparar com as opções das agências. Grande parte das vezes apenas comprei o bilhete de avião pela agência e o hotel reservei online.

7. Hotéis: mais longe = mais barato
Parece básico e é mesmo, mas nem todos seguem esta regra: muito cuidado na hora de fazer a reserva. Não é por ser um hotel na periferia, a 10 min a pé da estação terminal de metro que é obrigatoriamente mais barato. Tenha atenção a isso.

8. Hotéis: não espere muito dos hotéis do Leste
Por exemplo, um hotel 4* deve equivaler a um hotel 2/3* . Eles são usam as coisas literalmente até estragar. Uma história engraçada que me aconteceu em Praga: o hotel era velho, com linhas muito rígidas, a pintura a cair (tanto por fora como por dentro), fazia-me lembrar um antigo hospital psiquiátrico tipo filme de terror. O quarto era super grande (o maior quarto que alguma vez fiquei), com janelas de cima a baixo em duas paredes, com decoração minimal, super limpo, casa de banho impecável, lençóis super brancos mas desgastados com o uso, por outras palavras: rasgados. O papel higiénico era 1 rolo por quarto e só trocavam quando o deixávamos exposto. São pequenos detalhes que nós estamos habituados que fazem toda a diferença. Já na Hungria tive uma experiência bastante pior.

9. Aproveite mas com cuidado: verifique sempre se leva uma cópia dos seus documentos, bilhete de avião, reserva, etc.
É lógico sim, ter sempre uma cópia de todos os documentos em nossa posse, mas por experiência própria, só o devo ter feito uma ou duas vezes.
Tenha em atenção que os turistas são sempre alvo de assaltos e é preciso modificar o nosso comportamento face ao ambiente externo sempre que seja necessário. Já me aconteceu estar a passear por Praga e agarrarem-me para me tentarem vender droga e/ou ser perseguida dentro do próprio metro na Hungria por um homem com aspecto menos apelativo. Tenha muita atenção às pequenas coisas que acontecem à sua volta, quem avisa amigo é.

10. Budget
Eu pessoalmente gosto de ter tudo muito bem organizado neste aspecto. Preparo dinheiro para o tal cartão das viagens ilimitado, para as refeições - aqui costumo me guiar pela minha premissa do 'almoço rápido e jantar mais demorado', isto significa que ao almoço fast food é sempre uma opção viável (e barata) assim como sandes e coisas mais leves. Ao jantar é que despendo sempre mais dinheiro para ter uma boa refeição numa tentativa de compensar o almoço.
Existe sempre algum (pouco) dinheiro disponível para os souvenirs e caso queira fazer passeios de barco, entrar em algum museu, etc.

Espero que estas dicas sejam úteis. Sobre viagens ainda tenho mais coisas para partilhar, nomeadamente dicas para fazer a mala, experiências sobre alguns destinos que já viajei, etc.

TRAVEL: As much as you can. As far as you can. As long as you can. Life isn't meant to be lived in one place.

Sem comentários:

Enviar um comentário